Recentemente atendi uma paciente que apresentou quadro de eflúvio telógeno agudo severo após terapia antiviral para tratamento de Hepatite C.
Por não serem pacientes tão frequentes, atendo poucos desses casos por ano, entendo que é sempre importante verificar o que a literatura médica nos trás de significativo para que possamos entender melhor o problema e, consequentemente, colaborar com quem me procura com esse tipo de quadro.
Acabei encontrando a associação de quadros de quedas de cabelos com os principais medicamentos utilizados nos tratamentos antivirais da hepatite C como ribavirina e terapias com interferons.
Na grande maioria dos artigos o quadro aparece mais tardiamente ao início da medicação. Como é comum a todo eflúvio, costuma continuar presente mesmo com a interrupção do contato do paciente com o fator causal de queda, portanto, podendo ainda incomodar o paciente por até cerca de 8 meses depois de finalizado o tratamento.
Como todo eflúvio telógeno, a eliminação da causa por sí só é uma das formas de solução do problema, mas é comum aos pacientes uma certa ansiedade e medo do quadro evoluir para uma calvície mais ampla e de a recvuperação ser lenta e gradativa.
Ao constatar o problema após a história clínica e exame físico, entendo que o melhor a fazer nesses casos é utilizar técnicas que se baseiam na biomodulação e, com isso, acelerar a recuperação capilar. Apesar de sabermos das limitações nos resultados, visto que o cabelo tem seu tempo para voltar a nascer com saúde, é possível conseguir uma certa antecipação da melhora capilar e uma redução da ansiedade do paciente e aumento da auto estima.
Por fim, vale lembrar que em virtude da gravidade da hepatite C e da seriedade do tratamento do problema, cabe ao médico que cuida de cabelos estar sempre atento para evitar efeitos colaterais e reações adversas nos pacientes que estão recentemente se recuperando de uma terapia como esta.
Por fim, vale lembrar que em virtude da gravidade da hepatite C e da seriedade do tratamento do problema, cabe ao médico que cuida de cabelos estar sempre atento para evitar efeitos colaterais e reações adversas nos pacientes que estão recentemente se recuperando de uma terapia como esta.
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Referências:
Brett Hauber A, et al. Patient preferences and assessment of likely adherence to hepatitis C virus treatment. J Viral Hepat. 2011;18(9):619-27.
Shafa S, Borum ML, Igiehon E. A case of irreversible alopecia associated with ribavirin and peg-interferon therapy. Eur J Gastroenterol Hepatol.2010;22(1):122-3.