Quem realiza uma pesquisa sobre o tema Plasma Rico em Plaquetas no Pubmed provavelmente encontra um número superior a sete mil e duzentas publicações sobre o assunto Plasma Rico em Plaquetas e seu uso nas mais diversas áreas da saúde.
Há um detalhe que deveria chamar a atenção de quem realiza essa pesquisa, o fato de o primeiro artigo publicado sobre o tema constando na busca do Pubmed ser datado de 1954, ou seja, sessenta anos atrás. Logo, olhar para o PRP como uma possível ferramente terapêutica não é algo tão recente assim, como muitos acreditam. Pensando ainda em termos de estudos, nessa mesma busca podemos observar que a partir do ano de 1975 o número de publicações científicas indexadas pelo site sempre foi superior a setenta artigos por ano. Em 2013 esse número de publicações alcançou a marca de 569 artigos e hoje, dia 25 de junho de 2014, enquanto eu escrevo esse post, consta no mesmo site que só nesse ano já são 320 artigos publicados.
Ainda que muita gente que desconheça o método, a realidade é que algumas especialidades médicas usam o PRP com grande sucesso. A medicina esportiva, a traumatologia, a odontologia, a cirurgia plástica e atualmente a dermatologia estão entre as especialidade que mais se beneficiam com o quadro.
O uso de PRP em alopecia androgenética já foi estudado, e certos mecanismos de ação foram sugeridos para justificar a melhora dos cabelos após esse tipo de procedimento, como pode ser visto no esquema extraído de artigo de revisão publicado no Indian Journal of Dermatology and Venereology (IJDV):
O que pode ser observado na tabela acima é que o prolongamento da fase de crescimento dos cabelos, a melhora do aporte vascular que nutre os folículos e um incremento na sobrevida das células da papila dérmica dos folículos acabam sendo os pontos mais importantes para justificar os benefícios do método.
Em um estudo publicado no periódico Dermatological Surgery (uma das referências do artigo de revisão de literatura do IJDV acima citado), apresenta o PRP como método que se mostra eficaz nos cuidados com a alopecia androgenética.
O procedimento com o PRP é autólogo, isso significa que se trata de um método que utiliza de material extraído do paciente para ser utilizado nele mesmo. Os efeitos colaterais do método costumam ser baixos e a ativação do plasma ou mesmo a utilização de porções do plasma acrescido de matriz de fibrina ou de leucócitos torna a indicação do PRP mais ampla e adequada à necessidade de tratamento do paciente de acordo com a especialidade médica que está utilizando o método em si
Referências:
Li ZJ, Choi HI, Choi DK, Sohn KC, Im M, Seo YJ, et al. Autologous platelet-rich plasma: A potential therapeutic tool for promoting hair growth. Dermatol Surg 2012;38:1040-6.
Arshdeep, Kumaran MS. Platelet-rich plasma in dermatology: Boom or a bane? Indian J Dermatol Venereol Leprol. 2014 Jan-Feb;80(1):5-14.