É incrível como atendimentos de saúde são eventos onde se conhece a natureza de um ser humano de forma muito interessante. É possível, ao colher a história de um paciente, sentir no olhar, na verbalização das palavras e frases no gestual e na emoção embutida na história algumas das questões mais importantes que levam um paciente a procurar o médico. No meu caso, em especial, para cuidados com a queda capilar.
Via de regra, a queda capilar deixa os pacientes deprimidos e/ou ansiosos. Sinais que são relativamente fáceis de perceber se estamos atentos ao diálogo médico-paciente que deve se estabelecer no momento da consulta.
Em um atendimento médico em que o paciente está livre para falar e se sente confortável para ser escutado conseguimos ter percepções realmente preciosas. A exposição do problema por parte do paciente trás à consulta um conjunto de observações objetivas e subjetivas de seu quadro fazendo com que a consulta médica seja algo realmente rico. Quando ele não se intimida com o médico e, ao contrário, se sente tranquilo e confortável, pronto para a entrega, podemos sentir todo o paciente e o universo do problema que ele trás à consulta presentes.
Quanto mais eu me envolvo com a história do paciente e entro em seu universo, mais consigo aproveitar desse momento tão importante que é a consulta médica. Vez por outra, é quase impossível não sentir aquilo que o paciente sente, inclusive seu sofrimento, desespero, medo, preocupações e todas as demais emoções que os problemas de saúde, em especial os de cabelo, acompanham.
É nessas horas que tento buscar qual a melhor abordagem para cuidar do paciente. Não apenas a abordagem medicamentosa, os procedimentos em si. Mas abordagem relacional.
Quando falo em abordagem relacional, falo de quais comentários, dicas, estímulos de padrões de comportamentos que eu acredito que seriam bons se fossem repetidos ou incorporados ao tratamento e quais aqueles que não são interessantes e não nos ajudam.
Ao examinar, principalmente na tricoscopia, um exame que nos permite dividir com o paciente as imagens do couro cabeludo colhidas por uma câmera e transmitidas para um computador, tento sempre buscar os aspectos relevantes do quadro, mas sempre valorizando aquilo que o paciente tem de positivo (ex: saúde do couro cabeludo, presença de óstios foliculares, estoque capilar – cabelos não totalmente atrofiados que podem responder ao tratamento). Entendo que isso gera redução da ansiedade, maior conforto, empatia e motiva o paciente a entrar com mais disciplina e dedicação no tratamento.
Na minha área, sou completamente contrário à prática daquilo que chamo de mensagem do apocalipse. Comportamento profissional caracterizado por colocar medo catastrófico no paciente. Conheço histórias de profissionais que mostram fotos de casos graves de queda de cabelo fazendo-os acreditar que se não começaram um tratamento imediatamente evoluirão daquela forma. Acho isso vil, cruel e totalmente contrário àquilo que penso ser a prática adequada da medicina.
Cabe ao médico identificar o quadro, avaliar o risco de evolução e deixar o paciente consciente de seu problema. Se realmente o caso é de preocupação, necessita de um tratamento mais urgente, sério e intenso, há várias maneiras de mostrar isso para o paciente. E, tenho certeza que aquele que procura tratamento capilar vai compreender quando algo for mais complicado e que precisará de mais cuidados. Basta que o profissional saiba como passar essa informação de maneira clara. Se for o caso, olhando nos olhos do paciente e deixando evidente sua preocupação com ele e com o problema que o trouxe à consulta.
Ser um agente de saúde, um colaborador no processo de melhora e recuperação de uma patologia, exige conhecimento, bom senso e alteridade. Gosto de pensar que a cada pessoa diferente com que tenho contato em meus atendimentos médicos, um novo universo se descortina. O universo daquela pessoa que ao me consultar me propõe o desafio de ajuda-la. Algo que me motiva ao acordar todos os dias para exercer minha profissão, assim como me felicita a cada dia de trabalho encerrado.
Em um atendimento médico em que o paciente está livre para falar e se sente confortável para ser escutado conseguimos ter percepções realmente preciosas. A exposição do problema por parte do paciente trás à consulta um conjunto de observações objetivas e subjetivas de seu quadro fazendo com que a consulta médica seja algo realmente rico. Quando ele não se intimida com o médico e, ao contrário, se sente tranquilo e confortável, pronto para a entrega, podemos sentir todo o paciente e o universo do problema que ele trás à consulta presentes.
Quanto mais eu me envolvo com a história do paciente e entro em seu universo, mais consigo aproveitar desse momento tão importante que é a consulta médica. Vez por outra, é quase impossível não sentir aquilo que o paciente sente, inclusive seu sofrimento, desespero, medo, preocupações e todas as demais emoções que os problemas de saúde, em especial os de cabelo, acompanham.
É nessas horas que tento buscar qual a melhor abordagem para cuidar do paciente. Não apenas a abordagem medicamentosa, os procedimentos em si. Mas abordagem relacional.
Quando falo em abordagem relacional, falo de quais comentários, dicas, estímulos de padrões de comportamentos que eu acredito que seriam bons se fossem repetidos ou incorporados ao tratamento e quais aqueles que não são interessantes e não nos ajudam.
Ao examinar, principalmente na tricoscopia, um exame que nos permite dividir com o paciente as imagens do couro cabeludo colhidas por uma câmera e transmitidas para um computador, tento sempre buscar os aspectos relevantes do quadro, mas sempre valorizando aquilo que o paciente tem de positivo (ex: saúde do couro cabeludo, presença de óstios foliculares, estoque capilar – cabelos não totalmente atrofiados que podem responder ao tratamento). Entendo que isso gera redução da ansiedade, maior conforto, empatia e motiva o paciente a entrar com mais disciplina e dedicação no tratamento.
Na minha área, sou completamente contrário à prática daquilo que chamo de mensagem do apocalipse. Comportamento profissional caracterizado por colocar medo catastrófico no paciente. Conheço histórias de profissionais que mostram fotos de casos graves de queda de cabelo fazendo-os acreditar que se não começaram um tratamento imediatamente evoluirão daquela forma. Acho isso vil, cruel e totalmente contrário àquilo que penso ser a prática adequada da medicina.
Cabe ao médico identificar o quadro, avaliar o risco de evolução e deixar o paciente consciente de seu problema. Se realmente o caso é de preocupação, necessita de um tratamento mais urgente, sério e intenso, há várias maneiras de mostrar isso para o paciente. E, tenho certeza que aquele que procura tratamento capilar vai compreender quando algo for mais complicado e que precisará de mais cuidados. Basta que o profissional saiba como passar essa informação de maneira clara. Se for o caso, olhando nos olhos do paciente e deixando evidente sua preocupação com ele e com o problema que o trouxe à consulta.
Ser um agente de saúde, um colaborador no processo de melhora e recuperação de uma patologia, exige conhecimento, bom senso e alteridade. Gosto de pensar que a cada pessoa diferente com que tenho contato em meus atendimentos médicos, um novo universo se descortina. O universo daquela pessoa que ao me consultar me propõe o desafio de ajuda-la. Algo que me motiva ao acordar todos os dias para exercer minha profissão, assim como me felicita a cada dia de trabalho encerrado.