Aloe vera e seu verdadeiro valor para os cabelos (babosa)
5 de janeiro de 2011
Resolvi escrever este texto sobre a babosa, planta também conhecida como aloe vera, em virtude de diversas dúvidas que me chegam através de meus pacientes. É muito frequente encontrar pacientes que relatam fazer uso de babosa no couro cabeludo e cabelos por conta de indicações de amigos, parentes e até mesmo de alguns profissionais da saúde ou cabeleireiros. Na grande maioria das vezes é creditada a esta planta propriedades antiqueda capilar.
Mas será que é verdade que a babosa tem efeito antiqueda?
Chegou às minhas mãos recentemente uma obra muito interessante publicada pela editora argentina Pluma y Papel, em 2008, e escrita pela nutricionista e terapeuta floral Patricia Conti. A profissional, atualmente vivendo na Espanha e autora do livro intitulado El poder curativo del aloe vera, cita inúmeras propriedades capilares para a planta. Entre elas: ajudar na eliminação da caspa e seborreia de couro cabeludo, condicionamento capilar, melhora na maciez e flexibilidade dos fios, fortalecimento e crescimento dos mesmos.
Em nenhum momento a autora cita qualquer indício de que a planta tenha efeitos comprovados na queda capilar em si. Por ainda não me sentir satisfeito com estas informações sobre as propriedades da planta nos cuidados com os cabelos, prometo pesquisar mais sobre o tema.
Pelo que cita a autora, a babosa teria propriedades de deixar sim os cabelos mais fortes. Isto, por si só, poderia ser um bom indicativo de uma suposta redução da queda provocada pela quebra dos fios. Cabelos que quebram menos também caem menos.
Sobre queda capilar em si, após ler sobre a rica composição de aminoácidos, vitaminas e minerais que fazem parte da aloe vera, creio até que ela poderia ser benéfica para tratamentos de quedas ocasionadas por deficiências alimentares ou por estresses, mas esta é apenas uma suposição que faço, visto que a planta é aplicada diretamente no couro cabeludo e, para que algum resultado seja observado, deverá ficar agindo por certo tempo (quanto tempo? – uma outra dúvida).
Posso garantir que o livro estimulou minha curiosidade e, como já disse, vou fazer uma pesquisa mais ampla sobre o tema, incluindo publicações científicas em revistas da área da saúde. Prometo voltar ao assunto muito em breve.
Como uma última opinião sobre o assunto, posso dizer para aqueles que não sabem se passam a usar ou se continuam usando a babosa no couro cabeludo, que pelo menos mal não irá fazer.