Doenças sistêmicas podem interferir nos cabelos. E um bom profissional é capaz de iniciar um mapeamento de doenças que, de forma mais ou menos intensa, estão interferindo no crescimento capilar, induzindo a queda.
Algumas dessas doenças são muito conhecidas como anemia, problemas de tireóide, síndrome dos ovários policísticos, só para citar alguns poucos exemplos.
Existem muitas outras doenças que interferem nos cabelos, induzindo a queda. Doenças localizadas no próprio couro cabeludo como dermatites e psoríase, e doenças autoimunes, infecciosas, digestivas, renais, neurológicas, endócrinas, psiquiátricas, do sistema reprodutor masculino e feminino.
Há muita gente que acha que tratar cabelos é focar nos cabelos e esquecer o restante do corpo. É fazer o beabá dos cuidados capilares, o básico. Aquela coisa simplista e reducionista que é o caminho mais curto para o fracasso!
Ter um olhar sistêmico, integral, focado no paciente e não apenas nos cabelos, só é possível para quem consegue ver o corpo como uma unidade. Com seus sistemas todos interdependentes, sem desmerecer nenhum dado sobre a saúde do paciente como um todo.
Em minha prática, focar na saúde do paciente é tão importante quanto focar na saúde dos cabelos, uma vez que os cabelos são marcadores da nossa saúde. Esse conceito reforça todo o cuidado com hábitos e estilo de vida. Mas também traz para a realidade do paciente capilar que ele precisa ter um clínico, e um ou outro especialista para os cuidados gerais e específicos, respectivamente, com sua saúde.
Também é importante compreender que o profissional de saúde capilar deve ter um olhar de não promover interações de cuidados que possam interferir na resposta de outras doenças corporais. Ex: Usar um medicamento que pode interferir negativamente na atuação de medicações para outras especialidades que o paciente faz uso.
Por isso insisto, cuidar dos cabelos é cuidar da saúde. Cuidar da saúde é cuidar dos cabelos.