Sempre sou pego de surpresa por pacientes que, ao começarem a reduzir suas quedas de capilares e, tão logo se sentem confortáveis com isso, passam a desejar o imediato fim dos cuidados com os cabelos. Foi assim ontem, com a minha primeira paciente do meu último dia de atendimento do ano de 2017.
Para começar a trabalhar o argumento desse texto precisamos explicar o motivo pelo qual ele foi escrito. E a motivação é simples: há quedas capilares que são transitórias, passageiras, que se resolvem. Há outras que, uma vez que surgem, exigirão tratamento contínuo, ou seja, para o resto da vida. Concordo que deve ser difícil ter de lidar com qualquer diagnóstico incômodo que exija tratamentos para o resto da vida. Mas a realidade é essa em qualquer área da medicina. São exemplos em outras áreas de áreas de atuação médica o hipotireoidismo, a hipertensão, doenças degenerativas, reumáticas. Não seria diferente com tradicional alopecia androgenética, só para citar o tema primordial que me levou a escrever este texto.
Então, que fique claro, um paciente com alopecia androgenética que queira manter ou melhorar seus cabelos deverá seguir o tratamento por tempo indefinido, e não querer abandoná-lo o quanto antes, como aconteceu minha última paciente de ontem. E porque por tempo indefinido? A realidade simples e objetiva, é que, até hoje, ainda não temos uma cura para a alopecia androgenética.
Alguns vão dizer que o transplante é uma solução. Sim, não vou discordar se a palavra certa para este argumento for “solução”. Em especial se houver boa área doadora de cabelos no couro cabeludo do paciente para cobrir área calva, mas não se trata de um tratamento. É uma solução definitiva, mas segue não sendo um tratamento. Você não entendeu o conceito entre solução e tratamento? Então vou explicar, próteses (perucas), também são soluções, mas não são tratamentos.
Então, que fique claro, um paciente com alopecia androgenética que queira manter ou melhorar seus cabelos deverá seguir o tratamento por tempo indefinido, e não querer abandoná-lo o quanto antes, como aconteceu minha última paciente de ontem. E porque por tempo indefinido? A realidade simples e objetiva, é que, até hoje, ainda não temos uma cura para a alopecia androgenética.
Alguns vão dizer que o transplante é uma solução. Sim, não vou discordar se a palavra certa para este argumento for “solução”. Em especial se houver boa área doadora de cabelos no couro cabeludo do paciente para cobrir área calva, mas não se trata de um tratamento. É uma solução definitiva, mas segue não sendo um tratamento. Você não entendeu o conceito entre solução e tratamento? Então vou explicar, próteses (perucas), também são soluções, mas não são tratamentos.
Vou chamar de tratamento aquilo que faz com que o paciente tenha uma redução da velocidade do problema, estabilização do quadro ou melhora do volume capilar sem ter de passar por uma cirúrgica ou colocar uma prótese. E isso só se consegue com tratamentos clínicos, ou seja, uso de xampus, tônicos capilares, medicamentos orais, suplementos nutricionais e procedimentos (nem sempre o paciente precisa fazer uso disso tudo junto, mas terá de ter uma rotina diária de cuidados).
E, voltando para a ideia de tratamento, mesmo um bom cirurgião capilar, e conheço vários, sugere que o paciente siga fazendo seu tratamento se ainda tem cabelos na área onde a calvície se desenvolve. Mesmo depois do transplante. E porque? Para que o paciente mescle cabelos naturais da área da calvície com os transplantados, deixando o resultado da cirurgia mais natural e os cabelos mais cheios.
Feito este parênteses, vamos voltar para o foco do texto, que é o “longo e tortuoso caminho da recuperação capilar”. Mesmo um excelente tratamento, que possa recuperar os cabelos, não é linear. Ele evolui com altos e baixos. Com períodos de mais ou menos queda de cabelos. Com momentos em que o paciente cansa de usar os medicamentos e se permite pausas. Nem sempre há linearidade. Nem sempre será do jeito que o paciente gostaria. Mas ele precisa saber disso. Precisa entender que para ter sucesso é preciso aceitar que haverão altos e baixos. Que eventualmente seu cabelo vai passar por momentos de menos crescimento. De mais queda. E que isso é passageiro, desde que o tratamento siga sendo feito.
Pausas no uso de anticoncepcionais, infecções, estresses, alterações de sono, mudanças de padrão alimentar, cirurgias, uso de determinados medicamentos, mudanças de padrão de higiene com o couro cabeludo, uso inadequado de cosméticos, químicas capilares, podem fazer um tratamento oscilar. E, dependendo da intensidade desses fatores, a oscilação assusta. E não assusta pouco.
Mas o que o paciente deve fazer em um tratamento de queda capilar quando essas alterações acontecerem? Ou quando ele cansar de cuidar, afinal, isso pode acontecer. Minha dica é, voltar o foco para o tratamento. Recuperar a rotina de cuidados. Conversar com seu médico para fazer alguns exames, mudar o formato do tratamento e seguir adiante. Vale lembrar que não há fórmula mágica. E que todo e qualquer tratamento de problemas crônicos envolve uma conversão de uma disciplina (esforço para manter o foco em algo) em uma rotina (transformar algo que anteriormente envolvia esforço em algo que se torna automático e muito fácil de realizar).
Com isso a evolução do tratamento seguirá adiante. E o paciente, mesmo com altos e baixos, seguirá firme em seu propósito de manter seus cabelos.
E, voltando para a ideia de tratamento, mesmo um bom cirurgião capilar, e conheço vários, sugere que o paciente siga fazendo seu tratamento se ainda tem cabelos na área onde a calvície se desenvolve. Mesmo depois do transplante. E porque? Para que o paciente mescle cabelos naturais da área da calvície com os transplantados, deixando o resultado da cirurgia mais natural e os cabelos mais cheios.
Feito este parênteses, vamos voltar para o foco do texto, que é o “longo e tortuoso caminho da recuperação capilar”. Mesmo um excelente tratamento, que possa recuperar os cabelos, não é linear. Ele evolui com altos e baixos. Com períodos de mais ou menos queda de cabelos. Com momentos em que o paciente cansa de usar os medicamentos e se permite pausas. Nem sempre há linearidade. Nem sempre será do jeito que o paciente gostaria. Mas ele precisa saber disso. Precisa entender que para ter sucesso é preciso aceitar que haverão altos e baixos. Que eventualmente seu cabelo vai passar por momentos de menos crescimento. De mais queda. E que isso é passageiro, desde que o tratamento siga sendo feito.
Pausas no uso de anticoncepcionais, infecções, estresses, alterações de sono, mudanças de padrão alimentar, cirurgias, uso de determinados medicamentos, mudanças de padrão de higiene com o couro cabeludo, uso inadequado de cosméticos, químicas capilares, podem fazer um tratamento oscilar. E, dependendo da intensidade desses fatores, a oscilação assusta. E não assusta pouco.
Mas o que o paciente deve fazer em um tratamento de queda capilar quando essas alterações acontecerem? Ou quando ele cansar de cuidar, afinal, isso pode acontecer. Minha dica é, voltar o foco para o tratamento. Recuperar a rotina de cuidados. Conversar com seu médico para fazer alguns exames, mudar o formato do tratamento e seguir adiante. Vale lembrar que não há fórmula mágica. E que todo e qualquer tratamento de problemas crônicos envolve uma conversão de uma disciplina (esforço para manter o foco em algo) em uma rotina (transformar algo que anteriormente envolvia esforço em algo que se torna automático e muito fácil de realizar).
Com isso a evolução do tratamento seguirá adiante. E o paciente, mesmo com altos e baixos, seguirá firme em seu propósito de manter seus cabelos.