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A esquina onde todas as ciências ligadas à saúde se encontram e a tricologia

Quanto mais leio sobre medicina ocidental (medicina que é praticada pela grande maioria dos médicos), quanto mais estudo as ciências de saúde integrativas (erroneamente conhecidas como alternativas), e na medida que tenho contato com novas áreas de conhecimento como a nutrigenômica e a aplicação de conceitos da física quântica à saúde dos indivíduos, mais percebo uma convergência de algumas ideias. 
Todas elas concordam em dizer que parte do processo de recuperação da saúde, em alguns casos até de cura, passam por questões que envolvem não apenas a atuação do profissional médico ou de saúde. Envolvem também um esforço e dedicação por parte do paciente/cliente. 
Por que trago isso à pauta? Porque entendo que em uma sociedade em que terceirizamos diversos tipos de serviço muitos acreditam que toda responsabilidade pela melhora de nossa saúde deve ser entregue ao profissional que nos trata.
Uma boa parte das doenças que desenvolvemos, ainda que haja uma causa externa ou uma base genética, pode ser agravada ou evoluir com períodos de piora se não fazemos o tratamento da maneira adequada. E agora é que vem o “x” da questão. Que tratamento? O que está prescrito na receita médica? Sim, esse também. Mas não apenas esse. Os medicamentos ou procedimentos orientados pelo profissional da saúde são fundamentais, mas há outras coisas que podem agir contra a nossa melhora ou provocar picos de piora dos quadros de saúde. E é aqui que entra a concordância entre todas as ciências citadas no primeiro parágrafo desse texto. 
Boa alimentação, sono, atividades físicas, práticas de lazer, relaxamento e evitar excessos são sempre orientações comuns a qualquer área da ciência que envolva a saúde. A questão que colocamos aqui é: porque nem todo mundo tem a disposição e disciplina para mudar seu estilo de vida? Algo que me parece comum aos argumentos de muitos pacientes são as variadas desculpas que encontramos para enfrentar algo que não se pode terceirizar: cuidar da própria saúde de forma responsável e preventiva. 
O paciente que quer que “eu recupere os cabelos de sua cabeça” estaria disposto a fazer quanto porcento de mudança em sua vida para poder recupera-los? Muitos sequer conseguem seguir a prescrição de maneira adequada. Voltam com as velhas desculpas sobre o porque não o fizeram a cada nova consulta. 
A verdade é que todo tratamento de saúde é um acordo de cavalheiros entre as partes envolvidas e interessadas. Como médico eu faço a minha parte nas consultas e nos procedimentos. Mas a maior parte do tempo o paciente tem que fazer tudo por si só. Tomar medicamentos, usar produtos, comparecer às consultas de reavaliação e procedimentos.
Por fim, como médico, também tenho que lembra-lo de outras coisas mais que contribuem

para melhores resultados no seu tratamento: boa alimentação, sono, atividades físicas, práticas de lazer, relaxamento e evitar excessos. É nessa esquina que todas as especialidades e ciências médicas se encontram. Essas questões não conseguimos terceirizar. E caberá ao paciente que quer ter seus cabelos de volta se perguntar: O que eu estou disposto a fazer para recuperar meus cabelos? Quanto dos 100% que me é proposto em um tratamento eu estou disposto a dedicar?

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