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ALOPECIA FIBROSANTE FRONTAL – NOVA PESQUISA MOSTRA DIFICULDADE EM CONTROLAR O PROBLEMA

Um novo estudo que tenho realizado, derivado do Projeto Fale Sobre sua Queda Capilar, já conta com alguns dados interessantes sobre a doença conhecida como ALOPECIA FIBROSANTE FRONTAL (AFF).
Descrita há pouco mais de 20 anos, a AFF parece ser um problema crescente no mundo todo e tem chamado muita atenção da comunidade científica que estuda problemas capilares. Eu mesmo tenho estudado esta patologia no meu mestrado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), dentro do Núcleo de Psicologia Clínica, para compreender melhor os efeitos do Estresse e dos Eventos Conflitivos de Vida no surgimento do problema. 
Além de ser incômoda por sua apresentação na transição da face com a linha frontal do couro cabeludo, podendo pegar a extensão que compreende o couro cabeludo de uma orelha à outra, passando por toda a extensão da linha capilar da fronte, o que causa muito desconforto estético para as portadoras, a AFF é uma doença inflamatória com raríssimas chances de melhora, ou seja, de reversibilidade do quadro, e que deve ser tratada com o propósito de ter sua evolução contida. 
Em nosso estudo, os dados mostram que pouco mais de 50% da amostra não percebem controle da evolução do problema, 33% relatam interrupção da evolução e pouco mais 8% relatam perceber alguma recuperação capilar. 
Diante destes números, fica evidente que as estratégias de controle do problema precisam ser pensadas de forma a atuar de forma efetiva no processo inflamatório que é resultante dos fatores etiológicos da doença para que possamos ter melhor índice de sucesso. 
Pensando nisso, as estratégias medicamentosas e a realização de procedimentos que reduzam a inflamação precisam ser muito bem organizadas para a obtenção dos efeitos desejados sem os riscos de reações colaterais que possam ser mais prejudiciais à saúde dos pacientes do que a própria doença. Técnicas associadas com tratamentos de uso tópico e oral com ação sinérgica e cobrindo mecanismos de atividade anti inflamatória complementares são interessantes, assim como o uso de moduladores de inflamação não medicamentosos como, por exemplo, o uso do laser infravermelho. 
Apesar desta abordagem vetorizada de tratamento, ainda assim os resultados podem ser pobres. Para todos os casos, incluindo esses de respostas pobres ao tratamento, a abordagem analítica com apoio psicológico parece ser uma alternativa coadjuvante interessante.
Se você conhece alguém que queira participar da pesquisa sobre Alopecia Fibrosante Frontal, peça para acessar:
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