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BIOTINA E SEUS BENEFÍCIOS NA QUEDA CAPILAR DE PACIENTES QUE USAM ÁCIDO VALPRÓICO E ISOTRETINOÍNA

A suplementação de nutrientes é ponto de discussão para a comunidade científica quando falamos de cabelos. Não vou entrar muito no mérito geral do tema, até porque não é o foco deste texto e pretendo fazer um conjunto de textos sobre suplementos nutricionais para cabelos, até porque venho estudando muitos ativos que mostram bons resultados na saúde dos cabelos, em pesquisas e na prática clínica, mas que encontram autores que ainda questionam seus benefícios. 

A biotina é um destes ativos. É comum e frequente na grande maioria dos suplementos para cabelos, não por acaso. O mundo inteiro entende que a biotina tem seu valor. Como disse, volto a este tema numa outra oportunidade, pois o foco aqui é falarmos do uso deste suplemento para o cuidado e prevenção da queda capilar provocado por dois medicamentos que a neurologia e a dermatologia, respectivamente, prescrevem com frequência. O ácido valpróico (ex. Depakene®) e a isotretinoína (ex. Roacutan®). 
Um estudo com crianças que usam o ácido valpróico para o tratamento de epilepsia e convulsões, foi realizado no sentido de verificar se a biotina tinha papel importante no controle da queda capilar provocada por este medicamento. Um artigo publicado por no Journal of Child Neurology em 2010, cita que a queda de cabelo é um fenômeno frequente em 2% a 22% dos pacientes que usam a medicação, em especial nos primeiros 6 meses de uso. As mulheres costumam ser mais acometidas pelo problema. Os pesquisadores do artigo encontraram uma frequência de 5,26% de crianças com queda de cabelo provocada pelo ácido valpróico em sua amostra. Segundo eles a suplementação oral de biotina promoveu correção da queda capilar nestes pacientes após 3 meses de uso. Os autores citam que a atividade normal da enzima biotinidase e a boa resposta à suplementçaão com biotina sugere baixas concentrações séricas de biotina, fenômeno frequente em pacientes que tomam medicações contra as crises epiléticas. 
Sobre a ação da isotretinoína como causadora de eflúvio telógeno, um estudo de 1999, provou que esta medicação é capaz de reduzir a atividade da enzima biotidinase, sendo a diminuição desta atividade um fator de risco para o surgimento queda capilar. Quando esta situação se manifesta, provocando eflúvio telógeno, o paciente pode se beneficiar com o uso de suplementação oral de biotina. 
Nestes dois casos a biotina teve papel importante na correção da queda capilar tipo eflúvio telógeno. Outros problemas capilares parecem também responder à suplementação da biotina, o que torna esta vitamina uma das mais importantes nos cuidados com os cabelos. 
Em breve novos textos sobre a biotina e outros suplementos que fazem bem à saúde dos fios. 
Referências:
Castro-Gago et al. J Child Neurol. 2010;25(1):32-5. –
Schulpis et al. Skin Pharmacol Appl Skin Physiol. 1999;12(1-2):28-33.
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