O cortisol é um hormônio produzido pelas nossas glândulas adrenais e comumente associado ao estresse. Faz parte do grupo dos hormônios conhecidos como esteróides e, assim como todos os esteróides, tem como matéria prima o colesterol. Trata-se portanto de um hormônio lipídico.
É produzido ao longo de todo o dia, porém com picos de produção e secreção no sangue próximo às 8h da manhã e às 16h da tarde.
Recentes pesquisas mostram que os folículos pilosos/capilares respondem ao cortisol, reduzindo sua taxa de proliferação celular na raiz do cabelo, ou seja, os cabelos crescem menos e podem até parar de crescer sob a ação do cortisol. Mais que isto, os próprios folículos parecem produzir cortisol, função que exercem para sua autoregulação. Nestes casos as próprias células das raízes dos cabelos podem diminuir suas atividades ou parar de trabalhar por controle próprio.
Situações de estresse realmente elevam o cortisol, assim como o uso de pílula anticoncepcional e a gestação.
Níveis elevados deste hormônio ainda podem ser encontrados na Síndrome de Cushing (obesidade, acne, estrias, dores na coluna, rosto arredondado – em forma de lua cheia, edema corporal intenso).
Tumores na hipófise ou nas glândulas adrenais, hiperplasia adrenal congênita e o uso prolongado de corticosteróides como medicação pode causar Síndrome de Cushing.
A avaliação do cortisol na consulta de cabelos é sempre importante e esclarecedora, não só para diagnosticar quadros leves de elevação deste hormônio que podem causar a queda capilar, assim como para a identificação de problemas mais significativos dentro do ponto de vista da saúde do indivíduo como um todo.