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Em 1508 Erasmo de Rotterdam colocava a calvície no mesmo patamar de “outras pestes” da história

Estou lendo o livro Elogio da Loucura, de Erasmo de Rotterdam. 
Como o próprio autor diz, um texto escrito com um certo tom de sátira. Uma brincadeira de sua parte como já fizeram tantos outros autores antes dele (o autor deixa isso claro em uma carta na qual se refere ao seu Elogio da Loucura destinada a seu amigo Tomás Morus).E, na medida em que começo a ler o livro, vejo surgir na argumentação da Loucura (como personagem do texto), em um discurso em que ela faz referências a si mesma, que se sente negligenciada pelos homens que nunca a renderam o devido valor que acredita merecer. E assim segue o texto:
Ao citar os discursos de panegiristas* a certos deuses com conduta duvidosa, doenças, pragas e pestes, inclui ai a calvície como mais uma entre tantas “outras pestes”, deixando claro que já naquela época a perda capilar era vista como um desfortúnio. 
* Panegirista: aquele que realiza um panegírico**.
** Panegirico: discurso elaborado de forma muito bem elaborada e retocada, com estilo solene e normalmente elogioso.
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