Lisos ondulados e crespos: por que tão diferentes?
3 de abril de 2013
Cabelos lisos, ondulados e crespos são características anatômicas determinadas por fatores variados, entre os quais destacamos a ancestralidade genética como fator determinante para o resultado final.
Ainda que venhamos a passar por períodos em que o cabelo ondula mais ou se torna menos ondulado durante nossas vidas (situação natural e que, ao que parece, está vinculada às nossas mudanças metabólico-hormonais ou ao processo de envelhecimento cronológico), o fato é que a tendência de um fio de se apresentar como liso, ondulado ou crespo é pré-determinada.
Se os cabelos costumam ter semelhanças bioquímicas no que envolve o seu principal componente estrutural, a proteína conhecida como queratina, podem ter pequenas diferenças no que diz respeito à pigmentação por conta das mais variadas misturas de eumelanina com feomelanina que promovem um portfólio extremamente amplo de cores aos fios. Em pacientes com cabelos brancos é a falta desses pigmentos que permite que o cabelo se mostre sem cor.
Na questão da hidratação o fato de um cabelo ser liso, ondulado ou crespo é muito importante.
Cabelos lisos costumam permitir um fluxo maior da oleosidade produzida no couro cabeludo para as pontas, permitindo a formação de um filme lipídico mais uniforme em toda a extensão da fibra e, consequentemente, uma menor perda de água por evaporação. Isso é fator de grande importância para que a hidratação do fio se mantenha por mais tempo.
Nos cabelos ondulados esse processo é menos eficiente e é mais comum termos queixas de pontas mais secas em detrimento de uma raiz mais oleosa. A menor fluidez do óleo ao longo da fibra faz com que a formação do filme lipídico tenha mais dificuldade de chegar até as pontas.
Nos cabelos crespos o cenário ainda é mais complicado. O óleo tem muita dificuldade para fluir pela fibra capilar e os cabelos crespos acabam perdendo água com facilidade, o que os torna menos hidratados por natureza.