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Novos agentes de uso tópico para os cuidados com a Alopecia Androgenética estão sendo estudados

O Minoxidil é a única medicação aprovada pelo FDA para o uso no tratamento da alopecia androgenética já há muitos anos. Tratar o problema com outras possibilidades de medicamentos de uso tópico vem sendo um dos pontos de pesquisa de grandes centros, em especial porque a alopecia androgenética é uma manifestação que tem grande impacto psicossocial, além do que , o uso de determinados medicamentos por via oral tem seu efeito relacionado a efeitos colaterais e ou está limitado ao uso por homens ou mulheres dependendo da droga. 
Já é fato que o uso de prostaglandinas, substâncias derivadas dos ácidos graxos, pode estimular o crescimento de pelos e cabelos. O Latanoprost e o Bimatoprost, substâncias utilizadas inicialmente como agentes para tratar o glaucoma (aumento da pressão intraocular), induzem os folículos capilares a entrar em fase anágena (fase de crescimento dos fios), aumentando o crescimento dos mesmos. Apesar do pequeno número de estudos, o uso das prostaglandinas nos tratamentos capilares parece ser promissor. 
O fluridril, um agente bloqueador de hormônios androgênios (hormônios ligados ao surgimento dos quadros de calvície), parece ser bem tolerado pelos pacientes e não apresenta efeitos sistêmicos, ou seja, não está vinculado ao surgimento de efeitos colaterais que possam interferir, especialmente, na função sexual dos pacientes que fazem uso do mesmo. Apesar de já ser utilizado na Europa, o fluridril ainda aguarda aprovação nos Estados Unidos. 
O cetoconazol é um agente antifúngico amplamente utilizado no tratamento da dermatite seborreica e da caspa. Seu mecanismo de ação nos cuidados com a calvície parece estar relacionado a seus efeitos anti-inflamatórios e controle da flora cutânea da levedura de nome Malassezia. Parece também ter atividade inibidora de formação de esteróides e diminuir os níveis de DHT (hormônio vinculado à queda capilar), nos folículos pilosos. 
A espironolactona, originalmente um diurético, reduz a biossíntese de testosterona. Seu uso tópico não apresentou efeitos colaterais.
A melatonina já é um reconhecido modulador do crescimento capilar por estimular a fase anágena dos folículos, tendo alguns estudos provando sua eficácia em uso tópico. 
Estrogênios aumentam a produção da globulina ligadora de hormônios sexuais levando a uma diminuição da testosterona livre (que pode ser convertida em DHT, esse último, um hormônio relacionado à queda capilar).
Apesar de todos os ativos citados acima parecerem boas opções para o futuro dos cuidados com a alopecia androgenética, mais estudos precisam ser realizados para avaliar o real potencial dessas medicações. É natural que quando uma possibilidade de medicamento novo surge no mercado, a discussão e a ansiedade de pacientes e pessoas que buscam alternativas para evitar a perda capilar aumenta. Mas bom senso e cuidado são essenciais nessa hora. Evitar qualquer medida desesperada ou uso de medicações sem orientação médica é fundamental para a manutenção da boa saúde. 
O AUTOR DO POST NÃO TEM CONFLITO DE INTERESSES COM LABORATÓRIOS QUE PRODUZEM OU COMERCIALIZAM OS PRINCÍPIOS ATIVOS CITADOS ACIMA. 
TAMBÉM NÃO É PARTIDÁRIO DA PRÁTICA DA AUTOMEDICAÇÃO, DESESTIMULANDO ESSE COMPORTAMENTO POR SE TRATAR DE ALGO QUE ENVOLVE RISCO À SAÚDE. 

Referências:
Omar S.
Shamsaldeen, Thamer Al Mubki, , Jerry Shapiro, Topical agents for hair growth promotion. 
Skin Therapy Letter. 2013;18(4) 
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