No último final de semana um incidente chamou minha atenção para algo que achei que mereceria um texto aqui no blog.
Minha filha de 10 anos, em um acidente só explicável quando temos várias crianças brincando juntas, percebe que uma massinha de modelar foi parar nos seus cabelos. A massa vermelha se prendeu em uma mecha de fios e, como se misturou com eles, estava imensamente difícil de desprender.
A situação levou minha filha ao choro. Vários foram os motivos. Em primeiro lugar a surpresa de ver aquela literal massaroca de cabelos somados à massa de modelar. Em segundo lugar a dificuldade de remover a massinha. Pedi a ela que tomasse um banho, lavasse a cabeça e delicadamente retirasse a massinha com um pente. Ela inicialmente foi contrária ao banho, foi quando eu dei o cheque mate. Ou banho ou teremos que cortar a parte presa à massinha (imagino que esse foi mais um motivo para o choro). Mas, mais complexo que tudo isso foi perceber, após ela ter “optato” por lavar a cabeça, que o real motivo do choro e desespero ia surgir numa fala com grande intensidade emotiva. Natural que ela já é uma pré adolescente e que percebo que suas reações vem mudando. A adrenarca já chegou e, certamente, não demorará muito para que a menarca também se mostre. Mas daquela fala chorosa surgiu uma afirmação marcante: Eu amo meus cabelos, meus cabelos são a parte que eu mais gosto em mim.
Apesar de lidar com problemas capilares há anos, assim como por conhecer minha filha há 10 anos e alguns meses, fiquei surpreso com aquela confissão.
Em segundos me passou pela cabeça um filme de quando ela era pequena e tinha real nojo de cabelo em qualquer lugar da casa ou por onde passasse. Até mesmo os dela.
Até seus 3 a 4 anos seus cabelinhos não cresciam, eram finos e ralos. Tive que interceder. Fiz uma suplementação nutricional e um tônico para ela usar diariamente. Esse tônico hoje tem alguns ativos que constam no produto Hércules, da linha Tricho-Res (@trichores, no Instagram), produto que contribuí no desenvolvimento de sua fórmula. A partir daí seus cabelos passaram a crescer, encorparam e hoje são grossos e volumosos. Os pais dos amiguinhos da escola perceberam a mudança e quase todos vieram me perguntar o que ela havia feito para ficar com os cabelos tão bonitos.
Ainda assim, ela nunca demostrou ter muitos cuidados com os cabelos. Não gosta de pentear, e, quando o faz, a meu pedido, sempre penteia com certa má vontade. Não gosta de secar com secador, por ela o ideal é secar ao natural. Não usa hidratantes, mesmo que eles estejam à disposição no banheiro e, apesar de seus cabelo ser liso, o frizz é algo frequente em suas madeixas.
Vaidade para fazer penteados ou ornamentar com tiaras, presilhas e lacinhos nunca foi seu algo que gostasse.
E, por fim, vale dizer que deixa seu cabelo sempre da mesma forma, dividido ao meio. Por um tempo tentei estimula-la a dividir os cabelos de lado. Para o meu gosto pessoal ela fica absolutamente mais bonita assim (é linda de qualquer jeito, mas parece que o pentear de lado combina melhor com seu formato de rosto). Eventualmente penteia de lado para me agradar. Mas no geral é da forma mais cômoda possível, divide no meio mesmo e está bom.
Vejo nela um discreto despertar para a vaidade. Na escolha das roupas, na vontade de começar a usar uma ou outra maquiagem. Na forma como se posiciona para tirar fotos. E até mesmo na mudança que vejo nela em relação à consciência quanto à alimentação. Nos dois últimos meses parece ter emagrecido um pouco, algo que no passado não era uma preocupação para ela, e, às vezes, a vi até se orgulhar de sua barriguinha mais saliente.
Este despertar para a vaidade veio no tempo dela. Conheço filhas de amigos que parecem ter nascido com o chip da vaidade embutido. São vaidosas desde muito pequenas. Minha filha não, parecia se esquivar daquilo que fosse vinculado à vaidade e pudesse lhe dar trabalho (pentear, maquiar, se vestir com roupas combinando…).
A verdade é que ela está crescendo. Começa demonstrar sua personalidade. Começa a mostrar seus gostos pessoais e vai, gradativamente, encontrando quem ela é nesse mundo.
Como pai estou surpreso por saber que seus cabelos são motivo de sua satisfação, alegria e fortalecimento de sua identidade. Que ela possa estabelecer com eles uma excelente relação, assim como deverá estabelecer com suas escolhas de vida, seus hábitos e cuidados com a saúde física e emocional para poder, não só vê-los sempre bonitos, mas para que também possa ter uma vida longa e saudável.
Minha filha de 10 anos, em um acidente só explicável quando temos várias crianças brincando juntas, percebe que uma massinha de modelar foi parar nos seus cabelos. A massa vermelha se prendeu em uma mecha de fios e, como se misturou com eles, estava imensamente difícil de desprender.
A situação levou minha filha ao choro. Vários foram os motivos. Em primeiro lugar a surpresa de ver aquela literal massaroca de cabelos somados à massa de modelar. Em segundo lugar a dificuldade de remover a massinha. Pedi a ela que tomasse um banho, lavasse a cabeça e delicadamente retirasse a massinha com um pente. Ela inicialmente foi contrária ao banho, foi quando eu dei o cheque mate. Ou banho ou teremos que cortar a parte presa à massinha (imagino que esse foi mais um motivo para o choro). Mas, mais complexo que tudo isso foi perceber, após ela ter “optato” por lavar a cabeça, que o real motivo do choro e desespero ia surgir numa fala com grande intensidade emotiva. Natural que ela já é uma pré adolescente e que percebo que suas reações vem mudando. A adrenarca já chegou e, certamente, não demorará muito para que a menarca também se mostre. Mas daquela fala chorosa surgiu uma afirmação marcante: Eu amo meus cabelos, meus cabelos são a parte que eu mais gosto em mim.
Apesar de lidar com problemas capilares há anos, assim como por conhecer minha filha há 10 anos e alguns meses, fiquei surpreso com aquela confissão.
Em segundos me passou pela cabeça um filme de quando ela era pequena e tinha real nojo de cabelo em qualquer lugar da casa ou por onde passasse. Até mesmo os dela.
Até seus 3 a 4 anos seus cabelinhos não cresciam, eram finos e ralos. Tive que interceder. Fiz uma suplementação nutricional e um tônico para ela usar diariamente. Esse tônico hoje tem alguns ativos que constam no produto Hércules, da linha Tricho-Res (@trichores, no Instagram), produto que contribuí no desenvolvimento de sua fórmula. A partir daí seus cabelos passaram a crescer, encorparam e hoje são grossos e volumosos. Os pais dos amiguinhos da escola perceberam a mudança e quase todos vieram me perguntar o que ela havia feito para ficar com os cabelos tão bonitos.
Ainda assim, ela nunca demostrou ter muitos cuidados com os cabelos. Não gosta de pentear, e, quando o faz, a meu pedido, sempre penteia com certa má vontade. Não gosta de secar com secador, por ela o ideal é secar ao natural. Não usa hidratantes, mesmo que eles estejam à disposição no banheiro e, apesar de seus cabelo ser liso, o frizz é algo frequente em suas madeixas.
Vaidade para fazer penteados ou ornamentar com tiaras, presilhas e lacinhos nunca foi seu algo que gostasse.
E, por fim, vale dizer que deixa seu cabelo sempre da mesma forma, dividido ao meio. Por um tempo tentei estimula-la a dividir os cabelos de lado. Para o meu gosto pessoal ela fica absolutamente mais bonita assim (é linda de qualquer jeito, mas parece que o pentear de lado combina melhor com seu formato de rosto). Eventualmente penteia de lado para me agradar. Mas no geral é da forma mais cômoda possível, divide no meio mesmo e está bom.
Vejo nela um discreto despertar para a vaidade. Na escolha das roupas, na vontade de começar a usar uma ou outra maquiagem. Na forma como se posiciona para tirar fotos. E até mesmo na mudança que vejo nela em relação à consciência quanto à alimentação. Nos dois últimos meses parece ter emagrecido um pouco, algo que no passado não era uma preocupação para ela, e, às vezes, a vi até se orgulhar de sua barriguinha mais saliente.
Este despertar para a vaidade veio no tempo dela. Conheço filhas de amigos que parecem ter nascido com o chip da vaidade embutido. São vaidosas desde muito pequenas. Minha filha não, parecia se esquivar daquilo que fosse vinculado à vaidade e pudesse lhe dar trabalho (pentear, maquiar, se vestir com roupas combinando…).
A verdade é que ela está crescendo. Começa demonstrar sua personalidade. Começa a mostrar seus gostos pessoais e vai, gradativamente, encontrando quem ela é nesse mundo.
Como pai estou surpreso por saber que seus cabelos são motivo de sua satisfação, alegria e fortalecimento de sua identidade. Que ela possa estabelecer com eles uma excelente relação, assim como deverá estabelecer com suas escolhas de vida, seus hábitos e cuidados com a saúde física e emocional para poder, não só vê-los sempre bonitos, mas para que também possa ter uma vida longa e saudável.