O uso de inibidores de 5-alfa-redutase e seus possíveis efeitos colaterais no sistema nervoso central
30 de julho de 2012
O uso de inibidores 5-alfa-redutase, do qual a finasterida é um dos principais representantes dentro da área da tricologia, é um dos motivos de preocupação de um artigo escrito pelo Dr. Abdulmaged Traish, urologista do departamento de urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston.
No artigo, o Dr. Traish relata a importância da família das enzimas 5-alfa-redutase para converter esteroides (como progesterona, testosterona, aldosterona, corticosterona) em seus respectivos 5-alfa-dihidro-derivados. Estes novos hormônios que surgem a partir da atividade das enzimas da família 5-alfa-redutase servem como substrato para as enzimas 3-alfa-hidroxiesteroide desidrogenase que os converterá em hormônios esteroides neuroativos.
Os esteroides neuroativos modulam múltiplas funções no corpo humano, entre elas a diferenciação sexual, neuroproteção, memória, ansiedade, sono e estresse, entre tantas outras.
Na tricologia os medicamentos inibidores de 5-alfa-redutase são utilizados para o tratamento da alopecia androgenética e na urologia para o tratamento da hiperplasia prostática benigna.
Como o autor do artigo apresenta essa grande relevância clínica dos substratos das enzimas dessa família (5-a-R) para diversas funções fisiológicas de nosso corpo, na conclusão de seu texto acaba por propor uma maior discussão e entendimento do uso de medicações inibidoras de 5-alfa-redutases no sentido de se evitar efeitos colaterais dessas drogas que envolvam principalmente a redução da produção dos esteroides neuroativos.
OBS: Não há conflito de interesses do autor deste texto em relação a qualquer medicação citada no mesmo.
O autor é contra a automedicação e desorienta o leitor deste site quanto ao uso de qualquer medicamento sem prescrição médica.
Referências:
Traish AM. 5α-Reductases in Human Physiology: An Unfolding Story. Endocr Pract. 2012;11:1-38.