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Orientações, resenha comentada de artigos científicos e critica às incoerências de mercado – Livro QUEDA CAPILAR E A CIÊNCIA DOS CABELOS –

Quando comecei a escrever o blog Tricologia Médica,  em seu antigo e ainda existente endereço (www.tricologiamedica.blogspot.com.br), meu primeiro objetivo foi o de criar um ambiente onde eu pudesse dividir com interessados nos temas cabelos e quedas capilares, conteúdo que tivesse valor para o leitor e que pudesse colaborar para uma educação mais consistente e com bases científicas mais sólidas em uma área que ainda é pautada por conhecimentos empíricos.

Falo isso, porque acabo de ler pela segunda vez o livro Baldness a social history, escrito por Kerry Segrave e me espanto quando percebo que ainda hoje tem gente que usa explicações de séculos passados para justificar quedas capilares que já estão muito bem esclarecidas por um vastíssimo número de estudos publicados em revistas especializadas. 
Tinha como plano para o blog trazer a discussão de artigos científicos e de palestras de congresso, apresentar um pouco da minha experiência profissional, além de buscar promover um olhar mais crítico do leitor frente às matérias publicadas em mídias não especializadas, assim como despertar no leitor a possibilidade de ficar mais atento às inúmeras malícias de um mercado à espreita de desavisados e desesperados que sofrem o dilema da queda capilar.
Tenho algumas convicções.  Uma delas é parte de um dos princípios da tricologia que eu redigi junto à International Association of Trichologists (IAT), o de que a verdade de hoje poderá ser colocada em cheque por novas descobertas e pela evolução científica. Logo, ao escrever determinados posts e textos, tenho como certo que que muitos poderão necessitar revisões ou atualizações no futuro. E espero poder ter a possibilidade de fazê-lo, pois assim, estarei feliz em ver a ciência que estuda os cabelos, a tricologia, crescer.
Uma outra convicção é a de que não sou dono da verdade. Se um estudo científico, colega, profissional, ou qualquer outra pessoa em que eu confie e reconheça qualidades e competências me convencer a mudar de opinião sobre determinado tema, e minhas reflexões sejam de que eu estou errado, não vejo porque não acatar uma nova verdade. Mas isso vale para tudo na minha vida.
Tenho dois pontos que me pautam quando escrevo um texto para o blog: em primeiro lugar escrevo sempre me pautando em estudos realizados ao longo de minha vida profissional, recente ou tardia. Uso a palavra estudo no sentido mais amplo possível,  pode ser relacionado a estudos que eu realizei como pesquisador, mas também pode ter sido como estudioso, curioso, interessado em alguma matéria ou tema ligado aos cabelos. Em segundo lugar, tento sempre aplicar algo que tenha a ver com a minha experiência profissional ou pessoal em meus textos. A experiência profissional interfere na forma como eu leio e reflito por exemplo em conclusões de estudos científicos.  Muitas vezes meu senso crítico discorda do estudo por não observar na prática clínica resultados que sejam concordantes com um artigo publicado em um bom periódico médico.  Logo, quando escrevo meus comentários sobre um ou outro artigo científico,  certamente ele vem impregnado com o que eu já estudei sobre o tema, minha experiência profissional e a concordância que tenho ou não com o autor da pesquisa sobre a qual estou escrevendo. 
Ao escrevo sobre matérias de revistas não especializadas, quando o teor soa sensacionalismo,  sou obrigado a ser muito crítico. Às vezes, até a apresentação de resultados de excelentes pesquisas realizadas em cenário mundial são apresentadas pela mídia não especializada de uma forma distorcida e extremamente prejudicial ao leitor ou à pessoa que está de frente à TV recebendo a informação. Criam-se expectativas ou ilusões de um cenário que se mostra, em boa parte das vezes ainda distante de uma solução definitiva para problemas de queda capilar. 
Assim como tenho que ser crítico quando vejo empresas que divulgam produtos em revistas e nas mídias eletrônicas cuja chamada é reduzir a queda capilar em em tempo recorde, ou prometendo benefícios que sabemos que são inviáveis ou impossíveis. Fico extremamente incomodado com vigarice.
Bem, para não me alongar mais, ontem atingimos 3.000 donwloads do livro QUEDA CAPILAR E A CIÊNCIA DOS CABELOS. Uma satisfação muito grande para todos os envolvidos no projeto. 
Gostaria de dizer que aqueles que forem baixar o livro certamente irão encontrar todos os ingredientes citados acima. Tudo porque o livro nada mais é do que uma reunião de textos do blog muito bem selecionada para esse primeiro volume.
E para os que gostarem, fiquem certos de que continuarei postando novos textos e conteúdo no blog que segue, desde outubro de 2013 em endereço novo: www.blogtricologiamedica.com.br
Um grande abraço, 
Ademir C Leite Júnior
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