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PLASMA RICO EM PLAQUETAS NA PROMOÇÃO DO CRESCIMENTO CAPILAR

Recentemente fiz uma ampla pesquisa sobre o uso do plasma rico em plaquetas (PRP) no tratamento de alopecias. A literatura crescente sobre o método esclarece a curiosidade que muitos têm em relação ao PRP, como também fomenta novas pesquisas para elucidar cada vez mais o papel deste procedimento como um estimulador da recuperação dos cabelos. 
Como a metodologia de realização do PRP e as amostras dos estudos publicados varia muito, um caminho mais curto para entender os benefícios do uso do PRP na alopecia são as revisões de literatura. 
Para o leitor que não faz ideia do que seja o PRP, devemos primeiro inicia-lo no tema, deixando claro que se trata de uma parte do plasma do sangue do próprio paciente obtida a partir da centrifugação de um determinado volume de sangue colhido. A presença de uma concentração maior de plaquetas em uma das porções do plasma sanguíneo obtido pela centrifugação confere a esta parte a denominação “rico em plaquetas”, enquanto à porção com baixa concentração desses fragmentos celulares (as plaquetas), a denominação “pobre em plaquetas”. 
Também é importante ressaltar o crescimento de estudos associando o uso do PRP aos cabelos. Numa pesquisa no PubMed, por exemplo, o termo “platelet rich plasma + hair” respondeu com um crescimento significativo de publicações na última década. De apenas 1 publicação sobre o tema em 2010 a 56 artigos publicados em 2019. Isso pensando apenas na associação entre PRP e cabelos. Quando ampliamos a pesquisa apenas para o termo “platelet rich plasma” encontramos um total de 11.453 publicações, sendo a primeira datada de 1954 e um crescimento de publicações significativo entre 1974 (11 publicações) e 1975 (71 publicações). Porém o crescimento mais importante no número de publicações sobre PRP se deu a partir do ano 2000, quando passamos de 131 publicações para 994 em 2019, em uma curva ascendente mostrada pelo mecanismo de busca, ano após ano.
Vale ressaltar que o maior motivo para o interesse cada vez maior deste procedimento se dá pelos estudos realizados em outras áreas médicas. Cicatrização de feridas de pés diabéticos, problemas ortopédicos, problemas odontológicos, traumas, cirurgias oftalmológicas, urológicas, disfunções do aparelho sexual, recuperação de danos após traumas esportivos, problemas estéticos dermatológicos e cirurgias plásticas são temas associados aos estudos com o PRP.
No que diz respeito aos cabelos e à recuperação capilar, salvo o fato de que, assim como em outras áreas da saúde acima citadas, não se tem uma padronização na forma de preparo e infusão do PRP, fica evidente que os estudos apontam bons resultados, assim como apresentam este procedimento como seguro e promissor.
Quem já realizou procedimentos com PRP em pacientes tricológicos consegue reconhecer os benefícios do método, entre eles a aceleração da entrada de cabelos em fase anágena (fase de crescimento), a redução da perda capilar, a melhora da cobertura capilar do couro cabeludo e uma melhor saúde dos fios. 
Ainda há muito o que se aprender e compreender sobre o método. Porém as evidências mostram, ao menos até o momento, que se trata de um método interessante e de bons resultados nos cuidados com alguns tipos de alopecias como a alopecia androgenética, a alopecia areata e alguns casos de alopecias cicatriciais. 
Referências:
Dermatol Surg 2019;00:1–10.
Skin Therapy Lett. 2019 Sep;24(5):1-6.
Vet Dermatol. 2019 Dec 3. doi: 10.1111/vde.12821.
Indian J Dermatol 2019;64:417-9.
J Cosmet Dermatol. 2018 Jun;17(3):423-430.
Facial Plast Surg Clin North Am. 2018 Nov;26(4):469-485. 
J Cosmet Laser Ther. 2019 Dec 14:1-7.
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