Procurar tratamentos para queda de cabelo é algo que qualquer pessoa que se incomoda com o risco de ficar calva faz para impedir que o processo evolua. Muitas vezes sonha com a possibilidade de recuperar os cabelos perdidos, mesmo que parcialmente, para que possa se sentir mais confortável, uma vez que o incômodo que acompanha a perda capilar é grande e já foi descrito em inúmeros estudos sobre perda de qualidade de vida em calvos publicados em revistas médicas de alto conceito.
Mas será que há um tratamento efetivo para a calvície? E, se há, qual seria o melhor?
A experiência e a pesquisa científica mostram que existem medicações que agem melhor para alguns casos do que para outros. Isto pode ser percebido no dia a dia da clínica na medida que os pacientes que nos chegam após terem passado por outros colegas médicos já tiveram experiências positivas ou negativas com determinados medicamentos ou procedimentos. Da mesma forma que aqueles que nunca usaram nenhuma medicação, na sua grande maioria, já leram ou ouviram comentários de colegas, parentes e amigos sobre o sucesso ou insucesso de produtos existentes no mercado.
Mesmo crendo que alguns medicamentos são menos efetivos que outros, percebo que a maneira como o princípio ativo se comporta em um paciente pode ser completamente diferente da forma como se comporta em outro. Não é raro ver excelentes resultados com medicamentos que não acredito serem tão efetivos, ao mesmo tempo que vejo resultados completamente insatisfatórios com medicações consideradas melhores.
Mas, o que faz com que isto aconteça? Como saber qual paciente irá se adequar mais a um tipo de tratamento do que a outro?
Quanto mais estudo, leio, participo de congressos, converso com colegas e observo a evolução de meus pacientes, mais claros vão ficando os sinais que mostram quais os melhores pacientes para este ou aquele medicamento. Percebam então que não se trata de qual medicamento é melhor, mas de qual paciente se dará melhor com este ou aquele medicamento. Para isto, acredito que o trabalho do médico de pesquisar o paciente como um todo é essencial. Não só porque poderemos avaliar de forma mais ampla o problema e chegar a um diagnóstico mais preciso, mas também porque poderemos definir qual é a melhor forma de atingir sucesso no tratamento.
Muitas vezes uma medicação que se adapte perfeitamente ao paciente corrigindo o problema é suficiente. Há, porém, a possibilidade de definirmos não apenas uma, mas duas ou até mesmo três opções terapêuticas. Principalmente nos casos mais difíceis. Ainda assim, escolher a melhor composição de fármacos e/ou procedimentos deve ser feita de forma muito meticulosa e respeitando a saúde e os objetivos traçados por paciente e médico na consulta.
Para finalizar, a resposta à pergunta do título deste texto deve ser que o melhor tratamento para a queda de cabelo androgenética não é um medicamento “x”ou “y”, mas o resultado de uma equação baseada nos seguintes fatores: história clínica, exame físico e exames complementares do paciente somada ao estilo de vida, aos objetivos planejados pelo médico e paciente, assim como às qualidades dos tratamentos (medicamentos e procedimentos). O resultado será uma adequação perfeita do paciente ao tratamento com um sucesso terapêutico muito acima da média.
A conclusão é a de que não existe uma medicação melhor do que outra, existem pacientes melhores para determinada medicação do que outros. Achar a medicação certa para cada paciente em especial é o que faz com que alguns tratamentos tenham mais sucesso em seus objetivos.