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QUEDA CAPILAR DIFUSA – SUAS CAUSAS E TRATAMENTOS

Há algum tempo escrevi um texto que
chamei de Queda de cabelo desesperadora
(clique aqui para ler o texto citado). Nele eu comentei em especial sobre um
tipo de perda capilar chamada eflúvio telógeno (ET), que afeta uma grande parte
dos pacientes sendo uma das principais causas de perda capilar difusa.
Costumo dizer que o eflúvio
telógeno é uma das quedas mais maldosas de todas, mas também uma das mais
benignas. Parece estranho falar assim, mas o que quero dizer é que o ET pode
levar o paciente a evoluir com um medo enorme de ficar careca (homem ou
mulher), mas, no geral, isso não acontece quando o diagnóstico de eflúvio é
confirmado. Mais interessante ainda é perceber que uma vez que o fator causal
deixa de existir ou é controlado, os cabelos do paciente voltam à normalidade.
Ou seja, ao estado que tinham antes do começo do ET.
O eflúvio telógeno é assim
chamado por conta de ser um tipo de queda de cabelo em que houve uma
interrupção abrupta da fase de crescimento dos fios (anágena), causada por
fatores variados, levando os folículos a entrarem na fase catágena (uma fase
transicional da atividade do folículo – raíz do cabelo), seguida da fase de
queda, conhecida como telógena. Ou seja os cabelos caem quando estão na fase
telógena da atividade folicular. Harrison e Bergfeld, em uma revisão de
literatura, confirmam que os principais fatores envolvidos na causa do eflúvio
são estresses físicos (fraturas, febres, infecções, cirurgias, dengue),
psíquicos (ansiedade, depressão, estresse psicoemocional), problemas de saúde(doenças
em geral, anemias), efeito colateral do uso de determinados medicamentos
(alguns antibióticos, anticoagulantes, antifúngicos, anti-hipertensivos),
alterações hormonais(pausa no uso de contraceptivos, hiperprolactinemia,
hipotireoidismo) e interferências severas nos hábitos alimentares (dietas
restritivas, cirurgias bariátricas).
O ET não é a única causa de queda
capilar difusa, mas é a mais comum delas, merecendo uma atenção especial por
parte dos profissionais que cuidam de cabelos. Como as causas podem ser
variadas, uma boa abordagem diagnóstica é fundamental. A história clínica ampla
e pautada numa exploração da biografia de todo o período que precede e que
cursa com o quadro é essencial para o médico.
O exame físico da área acometida
é fundamental. Explorar a presença de condições associadas como caspa,
dermatites ou seborreia colabora muito com a orientação terapêutica que será
realizada. Exames complementares também são importantes, para não dizer
fundamentais no processo, uma vez que podem incluir causas que não notadas na
história clínica e no exame como níveis baixos de ferritina e/ou vitaminas,
alterações hormonais desconhecidas pelo paciente (Mais informações sobre exames nos textos: Exames que podem atestar a saúde dos cabelos, Exames endócrinos e sua importância no diagnóstico capilar).
A orientação de tratamento é
normalmente pautada na exclusão do fator causal, além de uma abordagem biomoduladora
que possa colaborar com a recuperação mais rápida dos cabelos e normalização do
processo.

No geral, ao contrário de outras
perdas capilares, o ET é um tipo de queda de cabelos que permite a alta do
paciente uma vez que se estabelece a normalização do quadro. Uma notícia que é
boa para o paciente que, quando tem o curso de perda dos cabelos, normalmente
sofre muito com a queda intensa dos fios provocada pelo quadro. 
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