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QUEM TEM MEDO DO MINOXIDIL?

Recebi uma pergunta esta semana em uma das minhas redes sociais sobre pessoas que têm medo do Minoxidil.

O Minoxidil é uma medicação de amplo uso para a queda capilar há décadas, e que pode ser considerado seguro para a maior parte dos pacientes. Porém, assim como ocorre com todos os medicamentos, pode causar problemas adversos, por isso, seu uso deve ser feito de forma adequada e sob orientação médica.

Há uma situação muito importante dentro da área da saúde que sempre chama muita atenção. Informações boas e ruins correm à solta sobre diversos fármacos e procedimentos podendo fortalecer qualquer desses lados, bom ou mal, e fazendo o paciente aceitar ou ser mais resistente a eles.  

Isto acontece com as duas principais medicações utilizadas para a queda capilar, o minoxidil, que atua em um maior espectro de alopecias e a finasterida, que atua mais na calvície. Lembrando de que a calvície é um tipo de alopecia (perda capilar), mas que nem toda alopecia é uma calvície (a calvície masculina ou feminina é genética e tem participação de hormônios em sua fisiopatologia).

É interessante que os pacientes que vêm desejosos por utilizar qualquer uma delas chegam com a “cabeça feita” pelas informações positivas. E os que já chegam impondo limites no receituário quanto à prescrição das mesmas, nas negativas.

O Minoxidil é a medicação mais antiga aprovada para os cuidados com as quedas capilares. Portanto aquele sobre a qual a prática clínica acumulou mais conhecimento, tanto de efeitos positivos quanto negativos.

E um dos maiores medos em relação ao uso desta medicação está associado às perdas capilares que podem acontecer no começo e na interrupção do uso. Isso ocorre mais frequentemente porque a prática da automedicação é muito comum e as pessoas acreditando que estão buscando uma solução se deparam com um problema.

Mas há uma forma de se evitar isto, e, tenham certeza, que se você procurar um profissional bem experiente na prescrição do minoxidil este problema não acontecerá contigo, nem quando você começar a utilizar nem quando você estiver pronto, caso sua queda capilar permita, a parar de utiliza-lo.

Alergias ao uso do Minoxidil sempre foram descritas, são comuns e podem ser graves. Quando acontecerem devem ser imediatamente relatadas ao prescritores, ou seja, ao médico.

Com o advento do uso oral da medicação para o tratamento da calvície, forma de uso que sempre esteve à disposição nas farmácias para o tratamento da hipertensão (sim, o Minoxidil é um anti-hipertensivo), e cujas pesquisas em tratamentos dos cabelos aumentaram nos últimos 5 anos, os maiores problemas são provocar hipotensão (baixar demais a pressão arterial), em pacientes sensíveis a baixas doses da medicação ou ocasionar a indesejada hipertricose, aumento dos pelos em rosto e corpo das mulheres.

Reforço aqui a minha opinião contrária à automedicação e à indicação do medicamento por profissionais que não tem autorização para prescrever esta classe de fármacos.

Para concluir, entendo que o ideal é sempre termos bom senso ao endeusar ou denominzar um medicamento. E conversar com o profissional é uma forma interessante de sanar dúvidas e desmistificar erros de entendimento sobre medicamentos ou tratamentos que serão utilizados.

Eu não tenho medo de prescrever o Minoxidil pois confio nos efeitos positivos da medicação, mas escolho bem os pacientes que precisam utiliza-lo e tomo as devidas precauções para evitar a perda capilar no começo do uso de na interrupção deste. Por fim, quando diante de reações adversas converso com os pacientes sobre a interrupção.

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