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Tireoidite de Hashimoto, hipotireoidismo e queda capilar

Tireoidite de Hashimoto, hipotireoidismo e queda capilar

A tireoidite de Hashimoto é a doença autoimune tireoidiana de maior incidência na população em geral. O problema se manifesta em virtude da presença de células imunológicas (linfócitos) infiltradas na glândula tireoide, e que causam destruição gradual do tecido tireoidiano podendo desencadear o hipotireoidismo subclínico ou hipotireoidismo de fato.

Quando querem avaliar a presença desta manifestação, os endocrinologistas normalmente solicitam a dosagem dos anticorpos antitireoglobulina e antiperoxidase no sangue de seus pacientes. Nos casos em que a doença se faz presente a dosagem dessas proteínas se encontra aumentada.

O problema costuma ser mais frequente em mulheres do que em homens e se torna ainda mais frequente com o aumento da idade. Os mecanismos de surgimento da doença ainda não são bem compreendidos, mas uma susceptibilidade genética importante parece estar vinculada ao quadro. Situações como o pós-parto, ingestão de iodo, determinados medicamentos e exposição a alguns agentes químicos podem estar envolvidos no surgimento do problema.

Na tricologia, a presença da tireoidite de Hashimoto pode ser um dado importante para o entendimento do quadro de determinados pacientes. Existem na literatura relatos de casos de alopecia areata que se manifestaram em pacientes com Hashimoto. Por ser a alopecia areata um problema de origem autoimune, a presença dessas duas manifestações em um mesmo paciente poderia sugerir uma síndrome autoimune.
Também há relatos de pacientes com Hashimoto que evoluíram com vitiligo. No que diz respeito aos cabelos, muitos dos pacientes quando apresentam vitiligo podem cursar com a leucotriquia, embranquecimento dos cabelos ou pelos em áreas pilosas acometidas pela doença.

Quando o quadro de tireoidite de Hashimoto desencadeia um hipotireoidismo subclínico ou um hipotireoidismo de fato, não é incomum percebermos queixas de perda capilar difusa, configurando um eflúvio telógeno. Este eflúvio pode cronificar (permanecer por muito tempo) se o hipotireoidismo não for tratado ou se não for feita uma correlação entre o Hashimoto, o hipotireoidismo e a queda de cabelos.

Logo, sendo a tireoidite de Hashimoto uma causa de alterações capilares o profissional que trata de cabelos deverá ficar atento ao comportamento da tireoide de seus pacientes, e sugerir a procura por um endocrinologista sempre que for necessário. Em parceria com o endocrinologista o tratamento desses pacientes se torna mais efetivo e com maior chance de evolução com sucesso no controle dos problemas capilares.

Referências:
Zaletel K, Gaberscek. Hashimoto´s Thyroiditis: From Genes to the Disease. Curr Genomics. 2011; 12 (8) :576-588.

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