O ativo farmacêutico de uso tópico mais
utilizado do mundo para o tratamento da alopecia androgenética e outras causas
de queda capilar é o minoxidil. Nos Estados Unidos, este é o único ativo de uso
tópico aprovado pelo FDA (Food and Drug
Administration, órgão que regulamenta o uso de medicamentos por lá) para o
tratamento da calvície. No Brasil, ele divide espaço com o 17-alfa-estradiol,
mas certamente com total predominância sobre este. Com propriedades
interessantes para estímulo do crescimento capilar, como mitogênico celular
(acelera a velocidade de replicação das células), vasodilatador (aumenta o
calibre dos vasos na região, favorecendo o fluxo sanguíneo e consequentemente “nutrição”
folicular) e estimulador do início da fase de crescimento do ciclo capilar (induz
a atividade de folículos pilosos quenógenos, ou seja, aqueles que após a queda
de um cabelo seguem vazios, sem atividade), o minoxidil é vastamente comercializado
nas farmácias e drogarias. As formas industrializadas de referência nos Estados Unidos, Rogaine® (2
ou 5%) ou Aloxidil®, no Brasil, são provavelmente menos vendidas do que as manipuladas, devido ao menor
custo destas últimas. Apesar de não necessitar de receita médica para a sua
venda e dispensação, é interessante que não seja utilizado de forma
indiscriminada e sem prévio diagnóstico médico. Seu uso está associado à possibilidade
de efeitos colaterais, como dermatite de contato, coceira, irritação, ardência,
entre outros. Além do que, minoxidil não resolve todos os problemas capilares e
nem para os quais é indicado seu uso isolado é plenamente eficaz. Leia mais sobre o minoxidil neste texto (clique aqui e aqui) do Dr Ademir Jr.
utilizado do mundo para o tratamento da alopecia androgenética e outras causas
de queda capilar é o minoxidil. Nos Estados Unidos, este é o único ativo de uso
tópico aprovado pelo FDA (Food and Drug
Administration, órgão que regulamenta o uso de medicamentos por lá) para o
tratamento da calvície. No Brasil, ele divide espaço com o 17-alfa-estradiol,
mas certamente com total predominância sobre este. Com propriedades
interessantes para estímulo do crescimento capilar, como mitogênico celular
(acelera a velocidade de replicação das células), vasodilatador (aumenta o
calibre dos vasos na região, favorecendo o fluxo sanguíneo e consequentemente “nutrição”
folicular) e estimulador do início da fase de crescimento do ciclo capilar (induz
a atividade de folículos pilosos quenógenos, ou seja, aqueles que após a queda
de um cabelo seguem vazios, sem atividade), o minoxidil é vastamente comercializado
nas farmácias e drogarias. As formas industrializadas de referência nos Estados Unidos, Rogaine® (2
ou 5%) ou Aloxidil®, no Brasil, são provavelmente menos vendidas do que as manipuladas, devido ao menor
custo destas últimas. Apesar de não necessitar de receita médica para a sua
venda e dispensação, é interessante que não seja utilizado de forma
indiscriminada e sem prévio diagnóstico médico. Seu uso está associado à possibilidade
de efeitos colaterais, como dermatite de contato, coceira, irritação, ardência,
entre outros. Além do que, minoxidil não resolve todos os problemas capilares e
nem para os quais é indicado seu uso isolado é plenamente eficaz. Leia mais sobre o minoxidil neste texto (clique aqui e aqui) do Dr Ademir Jr.
A loção capilar contendo
minoxidil deve ser aplicada topicamente, todos os dias, uma a duas vezes ao dia.
Muitos prescritores indicam a aplicação após o banho, com o couro cabeludo
úmido. Outros sugerem secar o couro cabeludo para melhor performance do
produtos. Não há consenso sobre a melhor condição para a aplicação da loção
contendo minoxidil, ou melhor, não havia.
minoxidil deve ser aplicada topicamente, todos os dias, uma a duas vezes ao dia.
Muitos prescritores indicam a aplicação após o banho, com o couro cabeludo
úmido. Outros sugerem secar o couro cabeludo para melhor performance do
produtos. Não há consenso sobre a melhor condição para a aplicação da loção
contendo minoxidil, ou melhor, não havia.
Um grupo de pesquisadores
brasileiros, sob orientação da professora, pesquisadora e farmacêutica Taís
Gratieri, avaliou in vitro a
permeação e penetração folicular do minoxidil em pele de camundongo e porco seca
ou úmida. A hipótese testada pelos pesquisadores era a de que a pele úmida
favoreceria a permeação/penetração do minoxidil por dois motivos:
brasileiros, sob orientação da professora, pesquisadora e farmacêutica Taís
Gratieri, avaliou in vitro a
permeação e penetração folicular do minoxidil em pele de camundongo e porco seca
ou úmida. A hipótese testada pelos pesquisadores era a de que a pele úmida
favoreceria a permeação/penetração do minoxidil por dois motivos:
1 – A difusão do minoxidil e a
consequente deposição deste dentro do folículo pode ser favorecida quanto o
óstio folicular (abertura do folículo da superfície do couro cabeludo) está úmido;
consequente deposição deste dentro do folículo pode ser favorecida quanto o
óstio folicular (abertura do folículo da superfície do couro cabeludo) está úmido;
2 – A umidade pode evitar a
cristalização do minoxidil, favorecendo a penetração folicular.
cristalização do minoxidil, favorecendo a penetração folicular.
A penetração folicular do
minoxidil foi avaliada após 30, 60 ou 120 minutos da aplicação da loção capilar
contendo 5% deste ativo. Os resultados demonstraram que, usando pele de
camundongos, o acúmulo de minoxidil no interior dos folículos foi 5 vezes maior
quando a pele estava úmida; enquanto na pele de porco o aumento foi de 8 vezes.
Conclusão dos autores, com bases nos experimentos realizados, é de que mais
estudos in vitro e in vivo são necessários para que
orientações técnicas precisas sobre a melhor forma de aplicação sejam incluídas
nas bulas deste medicamento.
minoxidil foi avaliada após 30, 60 ou 120 minutos da aplicação da loção capilar
contendo 5% deste ativo. Os resultados demonstraram que, usando pele de
camundongos, o acúmulo de minoxidil no interior dos folículos foi 5 vezes maior
quando a pele estava úmida; enquanto na pele de porco o aumento foi de 8 vezes.
Conclusão dos autores, com bases nos experimentos realizados, é de que mais
estudos in vitro e in vivo são necessários para que
orientações técnicas precisas sobre a melhor forma de aplicação sejam incluídas
nas bulas deste medicamento.
Referências: Angelo et al.
Dermatologic Therapy, v. 29, 2016, 330-33.
Dermatologic Therapy, v. 29, 2016, 330-33.
Professora Tatiele Katzer
Farmacêutica (CRF-RS 14858)
Doutoranda em Nanotecnologia Farmacêutica (UFSM)
Pós-graduanda em Farmácia Estética
Mestre em Ciências Farmacêuticas (UFRGS)
Docente do Curso de Estética e Cosmética da UNISC (RS)
Docente de pós-graduações nas áreas de Pele, Cosmetologia e Tricologia